25 de julho de 2013

Bairro

Me fala desse gene causador da mutação entre coisas semelhantes a verde que vocês todos possuem e que não permite com que te encontremos facilmente pois parece musgo e engana os olhos que não olham atentos, tem que estar sempre a procura de alguma coisa pra poder encontrar o inesperado, o suspenso, o inédito, o que eu fitei pensando não ser nada, é ali que sei que vou te achar, numa rocha ou parede, nonde humanos não têm acesso pois são superfície, não-fundos, rasos, coloridos artificialmente, os humanos. Me conta do segredo que rege esse bairro, esses moradores, esse mar, porque eu não vejo fim. Isso será porque vocês não têm mesmo fim? Me capacite a me inventar toda vez que te encontrar, pois meu Deus, eu juro que te encontrei quando não procurava nada além de estar distante de mim mesma, do mundo, das cores, do opaco, porque minha vida era cinza. E então você me olhou com olhos que me assustaram por semanas, dias, horas, fazendo com que eu me perdesse de vista, pois eu já não me tinha, mas ninguém precisa saber, que onde eu me encontro é onde todo mundo se perde, passos e olhos vacilantes, pensamentos em corda bamba. Só psicografo meu ser, no papel, tinta, caneta, tento descrever minhas intenções sem causar distúrbio, pois eu já causei muito mal a quem arriscou tentar algo comigo ou por mim. Não me controlo, preciso dizer que. 

Ando pensado muito...

1 comentários:

Bruno César disse...

Me pareceu dois post. dois assuntos distintos. um ponto de vista em relação aos dois. Meu lado irracional do cérebro interpretou, a cada linha, uma história diferente .. o lado racional entendeu nada. (risos)

Deu maior nó este post na cabeça.
Se eu fosse fazer uma composição com estas palavras faria em Sí bemol usando harmonia quartal suspendendo a décima primeira. ;)

Bruno César