29 de julho de 2010

Suas costas são quase como as minhas: pequenas, frágeis, quase que se vai em um abraço. Pensei tão forte "como farei em meus dias de guerra?", quando a noite eu precisar gritar tanto e te ver tão delicado, tão mais frágil que eu por mim própria? Terei pena de você, desejando que nunca me tivesse encontrado.
Eu hoje abracei suas costas desesperada, te perdoo, também, por não perceber. Mas foi quando te abracei que vi que não eram meus dedos que gritavam por suas costas, era sua carne toda que gritava desesperadamente por mim, só que gritava de um jeito para que eu não pudesse perceber. Mas esse é o meu papel: ser quase desesperada o tempo todo. Não suportaria mais um pouco de alguém sendo o contrário de mim.

21 de julho de 2010

Então todo o resto se fez silêncio para que eu escutasse. No ônibus, não se escutava nada. O som se encontrava apenas naquele ridículo fone branco, tocando nomes de mulheres.

8 de julho de 2010

- Eu tô querendo ir embora, me leva
- De mim ou de você?