tenho andado por aí
não querendo mais ceder
mas querendo conceber algo grande
carregar em mim uma vida nova
deixar entrar, entrar, sentir no meu útero algo aflorando
quero escutar sinos tinindo
sorrir pra afastar o medo
fechar os olhos de tanta luz
sem destino nenhum, pegar o ônibus, o carro, a moto e ir
sentir cheiro de mar
vento no rosto
deixar avermelhar as pupilas
sorrir pra qualquer um
não saber onde pisar
pisar em qualquer lugar
qualquer lugar é chão
tanto cuidado pra quê?
nunca quis ser de ferro.
como já dizia Pluie, "isso é coisa de poeta"
e eu não almejo ser um.
24 de janeiro de 2012
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